Câncer de Mama: Tipos de Biópsia e a Importância do Exame Imuno-histoquímico
O câncer de mama é uma das doenças mais prevalentes entre as mulheres em todo o mundo. Embora a mamografia seja essencial para a detecção precoce, o diagnóstico definitivo só pode ser confirmado por meio de uma biópsia.
Este artigo fará com que você conheça os três principais tipos de biópsia para o diagnóstico do câncer de mama e compreenda o papel fundamental do exame imuno-histoquímico no direcionamento do tratamento.
Por que consideramos a biópsia essencial no diagnóstico do câncer de mama?
Apesar da grande importância que atribuímos aos exames de imagem, como a mamografia e o ultrassom, apenas a análise do tecido suspeito pode confirmar se o nódulo é maligno.
É a biópsia que fornece ao patologista as informações para que ele identifique o tipo do tumor, suas características biológicas e, assim, indique o tratamento mais adequado para cada paciente.
Os 3 tipos de biópsia para diagnóstico do câncer de mama
Utilizamos três técnicas principais na investigação do câncer de mama. Cada uma delas apresenta vantagens específicas, e os médicos podem indicá-las conforme a necessidade clínica.
1. Aspiração por agulha fina (PAAF)
O médico introduz uma agulha fina na área suspeita, geralmente guiando-a por ultrassom ou mamografia.
Em seguida, ele aspira pequenas amostras de material e as envia para análise.
A coleta correta do material permite um diagnóstico com alta precisão.
Os profissionais de saúde consideram essa técnica pouco invasiva e de rápida execução, e a indicam em casos em que desejam uma primeira avaliação da lesão.
2. Core biopsy ou biópsia por agulha grossa
Este método retira um cilindro de tecido da região suspeita.
Ele fornece maior quantidade de material em comparação à aspiração por agulha fina.
Além disso; Com o uso de equipamentos modernos, como o mamotomo, os médicos podem obter amostras ainda maiores e mais representativas.
Esse método aumenta a chance de se conseguir um diagnóstico mais completo e detalhado, o que permite uma melhor classificação do tumor.
3. Biópsia cirúrgica
O cirurgião realiza este procedimento com bisturi, podendo retirar todo o nódulo (biópsia excisional) ou apenas uma parte dele (biópsia incisional).
Além disso; Os médicos a indicam em casos em que os outros métodos não fornecem resultados conclusivos.
Embora seja mais invasiva, a biópsia cirúrgica oferece ao patologista material suficiente para uma análise detalhada, o que garante maior confiabilidade no resultado.
O papel do exame imuno-histoquímico no câncer de mama
Agora; Após a coleta do tecido, o patologista pode realizar o exame imuno-histoquímico, fundamental para classificar o tumor e determinar seu comportamento biológico.
Este exame permite:
Identificar se o câncer é ductal ou lobular, in situ ou invasivo.
Avaliar receptores hormonais e proteínas específicas que impactam diretamente no prognóstico.
Individualizar o tratamento, tornando-o mais eficaz e personalizado.
Principais marcadores que analisamos no exame imuno-histoquímico
Presença de receptores hormonais
Avaliamos os receptores de estrógeno (ER) e progesterona (PR).
Sua presença caracteriza o tumor como receptor positivo.
Ainda assim; Estes tumores costumam apresentar menos agressividade e respondem bem à hormonioterapia, que pode substituir ou complementar a quimioterapia convencional.
Já os tumores receptor negativo geralmente exigem tratamentos mais intensos, como a quimioterapia.
Presença da proteína HER2 (c-erb-B2)
Além disso; A superexpressão desta proteína torna as células tumorais mais suscetíveis à ação de fatores de crescimento.
Porém; Consideramos este um fator de mau prognóstico.
Por isso, os médicos geralmente prescrevem esquemas de quimioterapia mais agressivos para pacientes com este marcador.
Contudo, o trastuzumabe (Herceptin®) oferece uma alternativa terapêutica eficaz, atuando diretamente contra a proteína HER2 e trazendo grandes benefícios para essas pacientes.
Conclusão
Enfim; A biópsia da mama constitui um passo indispensável para o diagnóstico preciso do câncer de mama. Além disso, o exame imuno-histoquímico desempenha um papel central na definição do prognóstico e no planejamento do tratamento mais adequado.
Graças aos avanços da medicina, hoje podemos oferecer terapias mais personalizadas, menos agressivas e com melhores resultados, o que aumenta as chances de sucesso no tratamento.
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